sexta-feira, 30 de abril de 2010

Lévy, Wolton e o dilema da Internet




Pluralismo - Integração

Pierre Lévy argumenta que um dos grandes desafios do ciberespaço atualmente é o gerenciamento do conhecimento. "Temos um território imenso e nenhum mapa", resume o filósofo. A Wikipedia é uma ferramenta poderosa para organizar o saber. Quanto às novas tecnologias Lévy tem uma visão bastante otimista, acredita nas “n” possibilidades oferecidas pela internet, desde que isso possa ser bem administrado contribuirá para o pluralismo (mais vozes falando) e a integração.

Limitado - Isolado

Para Dominique Wolton na internet há a possibilidade de ir vai direto ponto, buscar em meio a tanta informação somente o que de fato possa interessar, diferente do que é apresentado pela TV. Quando se pretende constatar algo é necessário esperar pela transmissão e após esta não se pode voltar para assistir novamente, a menos que grave com alguma ferramenta. Wolton não concorda com essa expansão, pois dá as pessoas um caráter muito limitado, isolado e nada democrático.

Quando perguntado sobre parecer otimista quanto a TV aberta e muito reticente em relação à internet, respondeu “quanto à internet. Trata-se de duas formas de comunicação diferentes e complementares. A televisão, para a cultura de massas, está ligada ao extraordinário projeto de democracia para todos.”

Fato é, há de se admitir a genialidade de ambos os estudiosos. Feito isto, é preciso prestar atenção para não fazer da funcionalidade objetiva da internet um canal de retrocesso e por meio de um bom gerenciamento do saber fazer desse canal/meio/veículo uma forma de aprimoramento de manifestos, expressão, protesto e do saber divagando da base ao topo.

Dominique Wolton, pesquisador do CNRS (o prestigioso Centro Nacional de Pesquisa Científica da França), acredita no Iluminismo, na democracia, nas concepções republicanas de organização social e no papel da mídia como fator de vínculo social. Em quase três décadas de reflexão e de pesquisa sobre a “comunicação política”, Wolton publicou 16 livros importantes.

Pierre Lévy filósofo francês trabalha em projeto de gerenciamento do conhecimento. Atualmente é professor da UQTR (Université du Québec à Trois-Rivières). Presta serviço a vários governos, organismos internacionais e grandes empresas sobre as implicações culturais das novas tecnologias. Autor de uma dezena de obras filosóficas sobre a cultura do mundo virtual e as novas tecnologias.

Referências
Vioto, Jordana Para Pierre Lévy, A internet é um território imenso sem nenhum mapa
http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=41602

Silva, Juremir Machado da, Wolton fala sobre a valor da mídia e da diversidade
http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/517,1.shl

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Convergência


Integração de mídias

A convergência de mídias vai muito além do uso integrado das recentes tecnologias, ou ainda da união das gigantes da comunicação – informação, entretenimento.

A convergência de mídia representa a possibilidade de se trabalhar com várias mídias, impressa, interativa, visual e auditiva. Todas embutidas em um sistema chamado multimídia.

O Jornalista

É um processo bastante interessante da convergência. O profissional do jornalismo configura as inúmeras mídias, trabalha com textos, sons, imagens e interatividade, por isso é um profissional multimídia.
O processo de integração entre jornal impresso e jornal online fortalece a convergência. Onde tipos distintos de redação se encontram em um mesmo espaço respeitando as características de cada uma.
Notícias antes produzidas para uma mídia específica, são aproveitadas em demais mídias
O mercado pede um profissional multi, e os jornalistas estão se encaixando nisso graças à convergência. Realizar entrevista não é mais a única função do jornalista.
Fontes:

Convergência de Mídias Novas:

http://blogjorvladimir.blogspot.com/2007/10/convergncias-de-mdia-novas-tecnologias.html

CORRÊA, Elizabeth Saad; CORRÊA, Hamilton Luís. Convergência de mídias: primeiras contribuições para um modelo epistemológico e definição de metodologias de pesquisa
Disponível em [http://www2.eptic.com.br/sgw/data/bib/artigos/49808105523a0de80f95d7947efc14cb.pdf]

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Entrevista sobre webjornalismo

Ben Oliveira, Bianca e Eduardo Menezes

Atualmente, é impossível pensar em jornalismo sem associar ao jornalismo online. A tendência é que cada vez mais os jornais passem a integrar o meio virtual. Para falar sobre o webjornalismo, entrevistamos Emanuel Caires, acadêmico do 7º semestre de jornalismo da Anhanguera-Uniderp, e integra a equipe do Unifolha (Site de notícias produzido pelos acadêmicos do curso de Comunicação Social - habilitação jornalismo, da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal - Uniderp).


  • Há quanto tempo você está integrando a equipe do Unifolha? O que exatamente você faz no portal?

Atuo na redação do Unifolha on-line desde fevereiro deste ano. Minha função é pautar, apurar e redigir matérias, além de, eventualmente, fazer fotos.



  • - Na sua opinião Emanuel, quais características são importantes para trabalhar com o jornal digital ?

É preciso o profissional ter desenvoltura, ser dinâmico e pensar rápido. Uma das características do jornalismo on-line é a velocidade com que se tem que publicar as notícias, então é preciso fazer uma apuração rápida. Não acho o ideal, mas é o que se vê em prática no mercado de trabalho.



  • - Qual a relação profissional do Unifolha com as redes sociais (Orkut, twitter, facebook...)?

Às redes sócias não temos acesso pleno. Podemos usar o Google Talk e o msn eu uso meio que “por fora”. Resumindo, não utilizamos com freqüência. Alguns colegas reclamam bastante disso. Nunca fui muito dado a essas redes, mas sinto falta principalmente de twitter que é uma fonte rápida de se obter fontes e informações. Acho imprescindível o uso dessas redes sociais, no entanto é possível fazer jornalismo sem elas (por enquanto).


  • - Como visualiza a credibilidade das notícias na Internet?

As notícias de internet são tão críveis quanto as que são veiculadas em outros meios, há distorções em todos os meios, acredito. Porém um agravante para o jornalismo on-line, com certeza, é o pouco tempo que se tem para a apuração da notícia. O que não é nenhuma desculpa para cometer alguns erros, mas penso que a pressão na redação, às vezes, tolhe o bom senso do jornalista.


  • - Entre os vários conteúdos que integram o meio digital, como avalia a presença do jornalismo na web?

Vejo a presença muito forte do jornalismo na web. Por exemplo, segundo dados do site Alexa, que mede o acesso aos sites da web, verá que o site da globo.com e do R7 estão entre os mais acessados do Brasil. O Campo Grande News recebe em torno de 250 mil page views por dia e isso para um site regional é muito. Os grandes portais, Uol, Terra, que estão entre os mais acessados, são “recheados” de conteúdo jornalístico. O que eu vejo é que as pessoas procuram além de informação, credibilidade e confiabilidade e só encontram isso no jornalismo.

Já houve quem dissesse que os blogs e as redes sociais acabariam por tornar inútil a função do jornalista, mas vejo que, pelo contrário, o torna ainda mais essencial. Isso ocorre porque é ele, o jornalista, que vai filtrar, nesse emaranhado de informações, aquilo que julga mais importante. Seria separar o joio do trigo. São os “gate keepers” da internet.


  • - Que avaliação faria sobre o mercado do jornalismo online de MS?

Acho um pouco restrito esse mercado. Até porque não temos tantos sites de notícias assim no estado.

  • - O que mais te agrada e o que menos gosta no cyberjornalismo?

Não gosto muito da obrigação que alguns sites de notícias acham que têm de postar uma notícia a cada cinco minutos. Por outro lado, gosto da possibilidade que se tem de publicar uma notícia e, logo em seguida, ser lida e comentada por alguém em qualquer lugar do mundo.